“- Conta de luz mais cara com expansão do mercado livre
A expansão do mercado livre de energia no Brasil tem permitido que consumidores escolham seus fornecedores, resultando em contas de luz mais econômicas. Essa abertura do mercado proporciona maior competitividade e opções de preços mais atrativos para os usuários. Além disso, a diversificação das fontes de energia e a possibilidade de negociar contratos personalizados contribuem para a redução dos custos. Especialistas apontam que essa tendência deve se intensificar nos próximos anos, beneficiando ainda mais os consumidores.
- Descarbonização deve impulsionar energia limpa
A busca por descarbonização está impulsionando a demanda por energia limpa certificada no Brasil. Embora as fontes renováveis representem cerca de 85% da matriz elétrica brasileira, apenas 10% dessa energia possui certificação de origem. Em 2023, a negociação de certificados de energia renovável (I-REC) cresceu 75%, totalizando 37,8 milhões de unidades. Empresas têm investido em certificações para comprovar o uso de energia sustentável e atender a compromissos ambientais. Iniciativas como a Plataforma Brasileira para a Certificação de Energia Renovável visam centralizar dados e promover a transição para fontes limpas.
- Atraso em leilão ameaça suprimento de energia
A indefinição do governo federal sobre as diretrizes e a data do Leilão de Reserva de Capacidade ameaça o suprimento de energia elétrica no Brasil. Esse atraso pode levar ao acionamento de termelétricas mais caras e poluentes, além de aumentar os custos para os consumidores devido à dependência do mercado de curto prazo, onde os preços são mais altos e voláteis. Especialistas alertam que a demora na realização do leilão compromete a capacidade de atender a demanda em períodos de alta procura ou escassez hídrica, colocando pressão sobre os empreendedores e desestimulando novos investimentos no setor.
- Aneel publica limites mínimo e máximo do PLD para 2025
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabeleceu os limites do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) para 2025. O PLD mínimo será de R$ 58,60/MWh, o máximo estrutural de R$ 751,73/MWh e o máximo horário de R$ 1.542,23/MWh. Além disso, a Tarifa de Energia de Otimização (TEO) foi fixada em R$ 17,37/MWh para hidrelétricas e a TEO específica para Itaipu em R$ 58,60/MWh. A Tarifa de Serviços Ancilares (TSA) será de R$ 9,90/Mvar-h. Essas definições visam equilibrar a oferta e demanda de energia no mercado brasileiro, refletindo ajustes econômicos e operacionais do setor.
- Reservatórios devem fichar 2024 com níveis abaixo de 50%, mas em condições favoráveis
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que os reservatórios brasileiros encerrarão 2024 com níveis abaixo de 50%, mas ainda em condições favoráveis para o suprimento energético. A região Sul deve apresentar o índice mais elevado, com 80,9%, enquanto o Nordeste pode fechar com 46,2%. As projeções para a Energia Natural Afluente (ENA) também são positivas, indicando melhoria nas condições hídricas. O Custo Marginal de Operação (CMO) reduziu para R$ 1,71, refletindo a melhoria nas projeções da ENA.
- CCEE: de janeiro a novembro foram quase 24 mil migrações ao mercado livre
Entre janeiro e novembro de 2024, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou quase 24 mil migrações de unidades consumidoras para o mercado livre de energia. Esse número representa um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2023, quando foram contabilizadas aproximadamente 7.400 migrações. A maioria dos novos participantes são pequenas e médias empresas, como padarias, supermercados, farmácias e escritórios, que buscam maior liberdade de escolha e negociação no fornecimento de energia. O estado de São Paulo lidera o movimento, seguido por Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
- Capacidade de geração solar no Brasil deve crescer 25% em 2025, diz Absolar
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) projeta um crescimento de 25,6% na capacidade de geração solar no Brasil em 2025, adicionando 13,2 gigawatts (GW) e alcançando um total de 64,7 GW. Desse incremento, 8,58 GW são esperados de micro e minigeração distribuída, como instalações em telhados e terrenos, totalizando 43 GW nessa categoria. As grandes usinas solares deverão somar 21,7 GW, representando 34% da capacidade total. A expansão prevê investimentos de R$ 39,4 bilhões, geração de 396,5 mil empregos e arrecadação de mais de R$ 13 bilhões em tributos.
- Após seca recorde, setor elétrico inicia recuperação e conta de luz deve ficar sem taxa extra em quase todo 2025
Após uma seca histórica em 2024, o setor elétrico brasileiro inicia recuperação com a chegada do período chuvoso. Especialistas preveem que, em 2025, as contas de luz permanecerão sem taxas extras na maior parte do ano, mantendo a bandeira tarifária verde. A previsão de um clima mais ameno, com menos picos de calor e aumento das chuvas, deve aliviar a pressão sobre os reservatórios e reduzir a necessidade de acionar usinas termelétricas, que possuem custos mais elevados.
-Comissão da Câmara aprova lei de incentivo a energia limpa
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que permite aos contribuintes deduzirem do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) gastos com equipamentos para geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, como solar, eólica e biogás. A dedução será limitada a 8% dos rendimentos tributáveis. O autor do projeto, deputado Átila Lins (PSD-AM), acredita que a medida incentivará a produção descentralizada de energia limpa, trazendo benefícios ambientais, econômicos e sociais. O projeto segue agora para análise da Comissão de Finanças e Tributação.
- Simplificação de migração ao ACL tem regras aprovadas pela Aneel
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou regras que simplificam a migração de consumidores para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). As novas diretrizes visam facilitar o acesso ao mercado livre de energia, permitindo que mais consumidores escolham seus fornecedores e negociem condições contratuais. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) tem 60 dias para apresentar propostas de alteração nos procedimentos de comercialização, conforme as diretrizes estabelecidas pela Aneel. A medida busca ampliar a concorrência no setor elétrico e oferecer mais opções aos consumidores.
- Brasil consolida, pelo segundo ano consecutivo, a marca de 10 GW em novos projetos de geração de energia elétrica
Em 2024, o Brasil consolidou, pelo segundo ano consecutivo, a marca de 10 gigawatts (GW) em novos projetos de geração de energia elétrica. Desses, 90,14% são provenientes de fontes renováveis, destacando-se a solar fotovoltaica (51,18%) e a eólica (38,96%). Ao longo do ano, 281 usinas entraram em operação em 17 estados, sendo 136 solares fotovoltaicas, 114 eólicas, além de termelétricas, pequenas centrais hidrelétricas e centrais geradoras hidrelétricas. Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte lideraram a expansão, concentrando os maiores volumes de potência adicionada.
- Migração para o mercado livre foi maior no Sudeste e Sul
Entre janeiro e novembro de 2024, a migração de consumidores para o mercado livre de energia no Brasil atingiu números recordes, com destaque para as regiões Sudeste e Sul. A Região Sudeste concentrou 46,4% das migrações, enquanto a Região Sul registrou 25,3%. Essas regiões lideraram o movimento de adesão ao mercado livre, refletindo uma tendência crescente de consumidores buscando maior autonomia e potencial redução de custos com energia elétrica.”
Fonte: ELECTRA CLIPPING – EDIÇÃO 26/24 DE 20/12/2024