Portal de Notícias sobre o
Setor Elétrico

Veja aqui as informações e notícias mais recentes sobre o setor elétrico. A curadoria do conteúdo é feita por nossos especialistas, considerando a importância do tema para o mercado.
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Resumo das Notícias de Hoje

10/4/2025

Dia 10 de abril de 2025, quinta-feira

- ARMAZENAMENTO DE ENERGIA (política)

A regulamentação do uso de tecnologias para o armazenamento de energia elétrica, proposta pela Aneel em Consulta Pública (CP) nº 39/2023, foi um dos temas abordados na abertura do evento UTCAL Summit 2025, que acontece nesta quarta-feira, 09 de abril, no Rio de Janeiro. O processo é aguardado com grande expectativa pelo mercado, tendo em vista que as novas tecnologias são essenciais para garantir a continuidade dos avanços no setor elétrico e consequentemente na transição energética.

> Saiba mais na matéria “Armazenamento de energia é um dos focos do setor para 2025”: https://bit.ly/42qGGB8

- AGENDA REGULATÓRIA DO GÁS (geração)

Criticada ontem pelo ministro Alexandre Silveira por ainda não regular preços para a transporte e escoamento de gás natural, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis está avançando na regulação dessa área. Durante o Fórum de Líderes de Petróleo e Gás, a diretora da ANP, Symone Araújo, disse a jornalistas o que a agência tem feito nessa temática.

> Leia mais em “Após críticas de Silveira, ANP diz seguir com agenda regulatória do gás”: https://bit.ly/4jdHf8H

- O PLANO DO RIO DE JANEIRO PARA A TRANSIÇÃO ENERGÉTICA (expansão)

Considerado um dos principais polos de conhecimento, infraestrutura e desenvolvimento de tecnologias ligadas aos setores elétrico e energético, o plano do Rio de Janeiro para a transição energética, para além da exploração de petróleo e gás, está centrado em eólica offshore, energia solar, biogás e biometano. Foi o que afirmou o secretário de Energia e Economia do Mar do RJ, Cássio Coelho, em entrevista exclusiva ao CanalEnergia após participação no primeiro painel do Fórum Brasileiro Líderes em Energia, que acontece na capital fluminense nessa quarta-feira, 9 de abril, na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

> Continue a leitura na matéria “Secretário do RJ destaca foco em eólica offshore, solar e biogás”: https://bit.ly/4iteeox

- CANALENERGIA (eventos)

ENASE

11 e 12 junho/2025

Hotel Windsor Oceânico – RJ

www.enase.com.br

- OUTRAS NOTÍCIAS DE HOJE

Para Eneva, CP de 15 dias é suficiente para leilão de capacidade: https://bit.ly/43Ofi2y

“Diretor vê necessidade de discussão do Fator A”.

Light Com chega a São Paulo e quer figurar entre as 5 maiores do país: https://bit.ly/3G1HBRb

“Comercializadora reinicia operações na cidade de São Paulo para estar mais próxima dos clientes, mas está focada em expansão no ACL em todo o país para chegar a 3 mil clientes em todos segmentos”.

Vulnerabilidade em tecnologias pode facilitar ataques cibernéticos no setor elétrico: https://bit.ly/4j3YtWb

“Falhas na segurança de sistemas monitoradas podem afetar continuidade e confiabilidade do fornecimento elétrico”.”

Fonte: Canal Energia

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FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DA REVISTA O SETOR ELÉTRICO – edição de 09/04/2025

9/4/2025

REPORTAGEM

Infraestrutura elétrica desafia expansão do mercado de data centers

Reunindo atributos como localização estratégica, abundância de fontes de energia renováveis, vasta disponibilidade territorial, alta demanda de serviços de computação em nuvem, armazenamento de dados e processamento de informações, o Brasil vem atraindo cada vez mais empresas de data centers para o seu território. Dados do Ministério de Minas e Energia indicam que o segmento registrou um crescimento atípico de fornecimento de energia para projetos de Data Center. Os pedidos para este segmento indicam uma demanda máxima que pode chegar a 9 GW até 2035, considerando 22 projetos registrados nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia.

Clique aqui e leia mais sobre a reportagem

ENERGIA INCIDENTE

Capítulo 2 – Termos e Definições e Ponderações Anteriores ao Estudo de Energia Incidente

Neste segundo capítulo do fascículo, o objetivo é deixar o leitor ao par da terminologia utilizada sobre o tema energia incidente. São apresentadas definições fundamentais de perigo e risco, destacando suas diferenças e a importância do entendimento desses conceitos no contexto da segurança elétrica. Também são abordados termos técnicos como ATPV, EBT, Arc Flash Boundary, e categorias de risco, além das terminologias da norma IEEE 1584. O fascículo ainda traz ponderações importantes para a realização de estudos de energia incidente, como a escolha entre energia e categoria, a relevância da precisão dos dados utilizados, a simulação de cenários operacionais diversos e as contribuições de motores e geradores.

Texto assinado por Cláudio Sérgio Mardegan.

Clique aqui e confira na íntegra


SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL

Capítulo 2 – O Sistema Interligado no Brasil: principais características

O SIN (Sistema Interligado Nacional) brasileiro é um dos mais complexos e abrangentes do mundo, conectando diferentes regiões do país e garantindo um suprimento de energia eficiente, econômico e de alta segurança operativa. A interligação dos subsistemas visa a otimização dos recursos energéticos e a confiabilidade da operação, permitindo assim o compartilhamento de excedentes entre regiões e contribuindo para a segurança elétrica do país. Este artigo apresenta os princípios da transmissão, a história da interligação do sistema, os desafios da inserção das fontes renováveis e os mecanismos de proteção contra grandes blecautes.

Texto assinado por Rogério Pereira de Camargo.

Clique aqui e confira na íntegra

Sandboxes Tarifários auxiliam Aneel na modernização do setor

As distribuidoras de energia brasileiras se preparam para realizar projetos-pilotos em amostras de consumidores e avaliar possíveis novas estruturas para a tarifa no Brasil. Trata-se do projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) Governança de Sandboxes Tarifários, iniciado em 2022. Neste ano, espera-se que a maioria dos projetos aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estejam em fase de campo.

Clique aqui e leia mais sobre o assunto.

IA nos processos de Gestão de Ativos: A modelagem preditiva e a tomada de decisão baseada em dados no setor elétrico – Parte 2/2

A modelagem preditiva emerge como um campo fundamental na análise de dados, oferecendo insights essenciais para a tomada de decisões estratégicas no setor de energia elétrica. Para compreender adequadamente seu impacto, é crucial, primeiro, explorar os conceitos de dados e analytics. A modelagem preditiva integra um conjunto mais amplo de ferramentas analíticas, com a finalidade de oferecer respostas a perguntas específicas e, com isso, possibilitar decisões mais precisas sobre o futuro.

Coluna assinada por Lilian Ferreira Queiroz.

Saiba mais

Redes compartilhadas de distribuição com Telefonia e TV a Cabo conforme NR10 – Parte 2/3

Referência no padrão construtivo das instalações elétricas, a NBR 15688 – Redes de Distribuição Aérea de Energia Elétrica com condutores nus, define uma distância de até 60 cm entre o “primeiro condutor” (referência o solo) energizado e a rede de telecomunicação.  De forma intrínseca, fica evidenciado a necessidade dos trabalhadores adentrarem os limites da ZC (0,7 m) estabelecida pela NR10 para execução de atividades de telefonia e TV a cabo.

Texto assinado por Aguinaldo Bizzo.

Fonte: REVISTA O SETOR ELÉTRICO – edição de 09/04/2025

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Resumo das Notícias de Hoje

9/4/2025

Dia 09 de abril de 2025, quarta-feira

- LEILÃO DE RESERVA DE CAPACIDADE DE 2025 (expansão)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira (08/04) que determinou a retomada imediata da discussão das regras do Leilão de Reserva de Capacidade de 2025, para garantir que o certame seja realizado ainda esse ano. A consulta pública que vai tratar de pontos questionados judicialmente por geradores termelétricos, como a adoção do mecanismo relacionado à flexibilidade das usinas, deverá ser feita pelo período mínimo de 15 dias, para dar maior celeridade do processo.

> Leia mais na notícia “Silveira promete rapidez para garantir LRCAP ainda em 2025”: https://bit.ly/4lsSqvS

> Dentro do mesmo tema, leia também “Ministro descarta leilão emergencial de térmicas por atraso na contratação de potência”: https://bit.ly/3E9HK4v

- REVISÃO DA RAP DE TRANSMISSORAS (política)

A diretoria colegiada da Aneel decidiu pelo estabelecimento de súmula para consolidação do seu entendimento a respeito do cálculo do Custo de Capital de Terceiros (rD) para fins de revisão tarifária periódica da Receita Anual Permitida (RAP) das transmissoras, presente na Cláusula Sétima dos Contratos de Concessão do segmento.

> Continue a leitura em “Aneel mantém decisão sobre cálculo para revisão da RAP de transmissoras”: https://bit.ly/4clPUmK

- CANALENERGIA (eventos)

ENASE

11 e 12 junho/2025

Hotel Windsor Oceânico – RJ

www.enase.com.br

- OUTRAS NOTÍCIAS DE HOJE

Scatec mira expansão com foco em projetos híbridos e baterias: https://bit.ly/4jazYGU

“Companhia possui em análise cerca de 800 MW em projetos renováveis, concentrados principalmente

no Nordeste, além de Minas Gerais”.

Reajuste da CPFL Paulista com incorporação de R$ 4,6 bi é adiado na Aneel: https://bit.ly/3R6cXbE

“Pedido de vistas do diretor Fernando Mosna postergou novamente decisão sobre inclusão de créditos no processo tarifário da distribuidora”.

ONS: Revisão Quadrimestral da Carga 2025-2029 traz variação média de 3,4% no SIN: https://bit.ly/3DZwtDS

“Em 2025, projeção de aumento na carga é de 3,7%. Workshop hoje apresentará resultados”.

Fonte: Canal Energia

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ESS News/PORTAL CANALENERGIA – edição de 08/04/2025

9/4/2025

LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO DE ENERGIA: PRINCIPAIS TENDÊNCIAS E IMPACTOS NOS NEGÓCIOS

Os operadores de redes de distribuição e transmissão enfrentam o desafio de modernizar a infraestrutura para se adaptarem a um mercado cada vez mais descentralizado.

O setor de energia tem vivenciado uma profunda transformação nas últimas décadas, especialmente com o advento da liberalização do mercado. As mudanças que o setor está passando refletem não só uma maior eficiência operacional, mas também um comprometimento crescente com a sustentabilidade e a inovação tecnológica. Neste contexto, as tendências que surgem na área de distribuição, geração e comercialização de energia são cada vez mais decisivas para o futuro da indústria.

O impacto da liberação no mercado de distribuição é um exemplo disso. Embora geralmente caracterizado por monopólios naturais devido à dificuldade de duplicação de infraestrutura, está sendo transformado pela liberalização. Esse processo envolve a separação legal e funcional das atividades, garantindo que a neutralidade seja mantida. Ou seja, a distribuição de energia é feita sem favorecer nenhum agente do mercado. Empresas de distribuição precisam estar independentes dos varejistas, mas, em muitos casos, fazem parte do mesmo grupo empresarial.

Além disso, os operadores de redes de distribuição e transmissão enfrentam o desafio de modernizar a infraestrutura para se adaptarem a um mercado cada vez mais descentralizado. As energias renováveis, o autoconsumo e as redes inteligentes exigem soluções inovadoras para garantir o fluxo de eletricidade em fluxos bidirecionais, conectando consumidores que geram sua própria energia à rede. A digitalização da rede é uma das chaves para otimizar a gestão da distribuição. Medidores inteligentes e sistemas de análise de dados, como IoT e Big Data, oferecem uma visibilidade em tempo real do consumo de energia, facilitando o engajamento dos consumidores e a otimização da rede.

Nesse contexto, a liberalização do setor de geração de energia tem sido uma das transformações mais significativas. Anteriormente dominado por monopólios verticalmente integrados, o setor agora está imerso em um ambiente competitivo. Esse movimento trouxe diversas mudanças, sendo uma delas a transição de preços controlados para um modelo orientado pelo mercado. A competição no mercado atacadista, baseada em pools de energia, reflete os custos marginais e a demanda do mercado, gerando um ciclo de inovação e redução de custos.

Por isso, a geração de energia está se diversificando. O incentivo a fontes renováveis, como solar e eólica, tem sido uma tendência crescente, especialmente com o apoio de incentivos regulatórios e subsídios.

Essas fontes se tornaram mais competitivas, reduzindo seu custo e tornando-as viáveis economicamente. No entanto, para equilibrar a geração intermitente das renováveis, tecnologias como as turbinas a gás de ciclo combinado (TGCC) e o armazenamento de energia se destacam como soluções essenciais para garantir a estabilidade da rede.

A digitalização também está transformando a geração de energia. Sistemas de monitoramento em tempo real e plataformas automatizadas estão otimizando a operação das usinas, enquanto a análise de dados permite um gerenciamento mais eficiente da produção e participação no mercado. Modelos preditivos, baseados em dados, estão cada vez mais presentes nas estratégias operacionais, contribuindo para a otimização dos processos de licitação e previsão da demanda.

Quando falamos no fornecimento de energia, especialmente após a liberalização, teremos desafios tanto para as empresas que já operam no mercado como também para os novos entrantes. Para as empresas já consolidadas, a separação entre as operações de distribuição e fornecimento será uma oportunidade de inovar e criar um modelo de negócios centrado no cliente. O desenvolvimento de uma identidade própria e a oferta de serviços diferenciados, como formato multiutilitário, são estratégias fundamentais para conquistar e fidelizar consumidores. Já para os novos players, o desafio é estruturar uma operação desde o início, com foco em simplicidade e escalabilidade. A utilização de plataformas digitais para gerenciamento de clientes e a automatização dos processos operacionais serão essenciais nessa trajetória para competir de maneira eficiente e sustentável no novo mercado.

As tecnologias digitais estão, sem dúvida, moldando a comercialização de energia. Com a necessidade de maior transparência e melhores formas de interagir com os consumidores, a inovação no uso de CRM, canais digitais de vendas e marketing se torna um diferencial competitivo para as empresas fornecedoras. Além disso, a flexibilidade de integrar novas formas de geração e consumo, como o autoconsumo, é uma tendência crescente que vai redefinir a relação entre as empresas de fornecimento e os consumidores. A digitalização, inclusive, é a principal tendência que permeia todas as áreas do setor de energia. A introdução de tecnologias como a Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), Big Data e Blockchain torna as operações mais eficientes e transparentes. Enquanto isso, a implementação de redes inteligentes (smart grids) e microredes otimiza o gerenciamento de fluxo de eletricidade, facilitando a integração de fontes renováveis e descentralizadas ao sistema.

Outras tendências que apoiam a evolução do setor é a automação das operações de manutenção, a utilização de drones para inspeções e a análise preditiva para a gestão de ativos. A adoção de modelos como Digital Twin, que simula o comportamento dos ativos em tempo real, também segue como uma aposta crescente, permitindo a otimização da gestão de redes e usinas. O uso de plataformas digitais, aliadas à análise de dados, está também facilitando a participação ativa do consumidor, o que pode trazer novos modelos de negócios e uma maior personalização na oferta de serviços.

Diante disso, quando falamos em sustentabilidade, a descarbonização é uma das grandes prioridades do setor de energia. A pressão por reduzir as emissões de gases de efeito estufa tem levado as empresas a reestruturar seus modelos de negócios e a investir em soluções sustentáveis. A transição energética, impulsionada pela inovação tecnológica e pelas políticas públicas, requer investimentos em novas infraestruturas, como as redes de armazenamento de energia e a integração de fontes renováveis ao sistema elétrico.

Porém, a descarbonização não é isenta de desafios. A intermitência das fontes renováveis, como solar e eólica, exige soluções tecnológicas que garantam a estabilidade da rede elétrica. O armazenamento de energia e as usinas de ciclo combinado têm se mostrado essenciais para garantir a flexibilidade para suportar essa transição. Além disso, a descentralização da geração e a implementação de sistemas de energia distribuída (DERs) desafiam as empresas tradicionais de geração e distribuição, que precisam adaptar seus modelos de negócios para lidar com esse novo cenário.

Podemos perceber que o setor de energia está atravessando uma revolução. A liberalização do mercado trouxe novos desafios, mas também abriu portas para inovação, digitalização e sustentabilidade. O futuro do setor de energia será construído com base na capacidade de se adaptar rapidamente a essas transformações e explorar as oportunidades que surgem com elas. Em um cenário tão dinâmico, é fundamental que os executivos e líderes do setor mantenham uma visão estratégica e integrada, garantindo não apenas a competitividade, mas também a contribuição do setor para um futuro mais sustentável e eficiente para todos.

Fonte - Portal CanalEnergia

PwC: 75% DOS CONSUMIDORES BRASILEIROS QUEREM COMPRAR VEÍCULOS ELÉTRICOS ATÉ 2029

Pesquisa feita por consultoria indica que sustentabilidade pesa na escolha e que Brasil pode ser líder na transição na AL

Dados da pesquisa “Rumo à mobilidade elétrica - Expectativas e prontidão dos consumidores para a era dos veículos elétricos”, da Strategy, consultoria estratégica da PwC, sinalizam que 75% dos consumidores brasileiros têm a intenção de adquirir veículos elétricos até 2029, um percentual que supera a média global de 62%. De acordo com a PwC, o Brasil está na liderança da transição para essa tecnologia na América Latina. O interesse reforça o potencial do país em avançar no mercado de mobilidade elétrica, impulsionado pela busca por soluções mais sustentáveis e alinhadas à redução de emissões de carbono.

O levantamento foi realizado com 17 mil participantes em 27 países, incluindo o Brasil, e avalia a prontidão dos consumidores para a mobilidade elétrica, as barreiras e expectativas relacionadas à adoção de veículos elétricos. O estudo revela ainda que países e regiões em desenvolvimento, como América Latina, Indonésia, China e Índia, apresentam maior interesse pela mobilidade elétrica, com até 80% dos consumidores classificados como "leads" — aqueles que pretendem adquirir um VE em até cinco anos.

No Brasil, os fatores que mais impulsionam o interesse são a economia de combustível, a possibilidade de recarregar o veículo em casa e o menor impacto ambiental. De acordo com Adriano Correia, sócio e líder da indústria de Energia e Serviços de Utilidade Pública da PwC, a mobilidade elétrica é um tema central na busca por sustentabilidade e na transição energética para uma operação de baixo carbono.

A pesquisa também destaca que 65% dos proprietários de veículos elétricos em todo o mundo dependem de soluções privadas para recarga, evidenciando a importância de investimentos em infraestrutura pública. No Brasil, o cenário de mobilidade elétrica segue promissor, com consumidores demonstrando interesse crescente e alta satisfação com este tipo de veículo. Nenhum dos proprietários entrevistados voltaria a usar modelos com motor de combustão interna.

Apesar do otimismo, Correia destaca que desafios, como a infraestrutura de carregamento insuficiente e os altos custos iniciais dos veículos elétricos, especialmente em comparação aos modelos a combustão, ainda limitam a adoção em maior escala. Para ele, o avanço da eletrificação é um passo fundamental para alcançar os compromissos do Acordo de Paris, mas que há entraves a serem superados antes da massificação dos veículos elétricos.

Fonte - Portal CanalEnergia

ANEEL ALTERA REGRAS PARA CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINICAÇÃO PÚBLICA

Emenda constitucional de 2023 havia ampliado o escopo da cobrança

Após realização de Consulta Pública sobre o tema, suscitada por uma emenda constitucional, a Aneel fará alterações nas regras para a contribuição de iluminação pública. A emenda diz que cidades poderão instituir contribuição para custeio, expansão e melhoria do serviço de iluminação e de sistemas de monitoramento para segurança de logradouros públicos ampliando a destinação. Essa contribuição deve ser cobrada pela distribuidora nas faturas de energia elétrica nas condições estabelecidas na legislação.

Para a alteração, a Aneel aprovou aprimoramento da Resolução Normativa 1.000/2021 e o Módulo 11 do Prodist para contemplar a novas disposições.

A CP recebeu contribuições de dez participantes, como Cemig, Copel, Enel e de conselhos de consumidores da EDP Espírito Santo e Enel Distribuição Ceará.

Fonte - Portal CanalEnergia

MANTRAS REGULATÓRIOS OU SOLUÇÕES REAIS? O CAMINHO PARA RESOLVER O CONSTRAINED-OFF

A questão foi deslocada da arena regulatória para a seara judicial e se encontra até mesmo em debate por um Grupo de Trabalho (GT) do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), de maneira que é um dos assuntos mais quentes do setor elétrico no momento

O tema do constrained-off tem mobilizado o setor elétrico brasileiro (SEB) nos últimos tempos. Basicamente, se trata da regra regulatória estabelecida pela ANEEL para realizar o ressarcimento aos geradores solares e eólicos, quando o Operador Nacional do Sistema (ONS) determina a redução de geração das usinas (conhecido no setor por “curtailment”) com o objetivo de manter o equilíbrio “carga x geração” do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Atualmente, o constrained-off é classificado pelo ONS em três categorias: Indisponibilidade Externa (que ocorre por fatores externos aos geradores, alheios à operação regular do setor elétrico, como a indisponibilidade de uma linha de transmissão devido a um incêndio florestal), Confiabilidade Elétrica (também decorrente de fatores externos aos geradores, mas relacionados à operação regular do setor elétrico, como restrições elétricas que impedem o escoamento de energia por razões de estabilidade ou segurança do SIN, por exemplo, para controle de frequência do sistema) e Razão Energética (que ocorre quando a geração supera a carga a ser atendida, exigindo a redução da geração para equilibrar o sistema).

A questão foi deslocada da arena regulatória para a seara judicial e se encontra até mesmo em debate por um Grupo de Trabalho (GT) do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), de maneira que é um dos assuntos mais quentes do setor elétrico no momento. No âmbito da ANEEL, recentemente, relatei dois processos [1] em que levei entendimentos que exploro neste artigo, mas que não prevaleceram no Colegiado.

Na presente oportunidade, trago um ponto de vista no sentido de valorizar a Agência Reguladora, chamando atenção para o fato de que o gargalo do problema (ressarcimento aos geradores) é matéria eminentemente regulatória, permitindo que a ANEEL realize, por conta própria, o aprimoramento e atualização dos normativos vigentes.

Para tanto, devemos combater alguns “mantras regulatórios”. No cotidiano, mantras são frases repetidas como forma de reforçar crenças e orientar atitudes. No ambiente regulatório, no entanto, algumas frases ou expressões acabam sendo repetidas como dogmas rígidos que não só impedem a reflexão, como bloqueiam qualquer análise crítica em temas relevantes.

Assim, sem muito esforço, os “mantras regulatórios” se tornam barreiras à atualização e modernização de regras, afastando a atividade regulatória da realidade dinâmica da sociedade e do mercado regulado.

O primeiro desses mantras é o argumento de que “não seria possível rever norma recentemente aprovada pela Agência”. Normalmente, esse tenderia a ser o melhor posicionamento, mas quando se observa que a norma não está permitindo que o mercado se desenvolva sem sobressaltos, revela-se prudente refletir sobre a necessidade de alteração da regra como uma maneira de endereçar o problema existente. No caso, temos a Resolução Normativa (REN) 1.030, que consolida os atos normativos relativos à temática “Produção e Comercialização de Energia Elétrica”, em especial a REN 927 (constrained-off de usinas eólicas) e a REN 1.073 (constrained-off de usinas solares).

A Resolução aplicável às usinas eólicas (REN 927) foi aprovada em reunião extraordinária pela ANEEL em 19 de março de 2021, em cumprimento à decisão judicial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que havia dado 60 dias para conclusão da regulamentação, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Foi nesse processo administrativo (REN 927) que se estabeleceram as três classificações de corte de geração referidas acima, bem como inaugurada também a previsão de franquia mínima (piso) para o recebimento de ressarcimento por constrained-off classificado pelo ONS como indisponibilidade externa. A partir de uma análise da realidade de vários países, observou-se que não havia uniformidade na regulamentação do constrained-off, e então optou-se por estabelecer um nível de interrupção elegível para ressarcimento, vinculado à indisponibilidade dos ativos de transmissão que superassem a quantidade usual.

Para tanto, foi utilizado o Relatório de Análise Estatística de Indisponibilidades Programadas e Não Programadas de 2018, publicado pelo ONS, e foi feita uma média móvel levando em conta o período de 2014 até 2018, chegando-se à conclusão de que a taxa de indisponibilidade seria de 78 horas por ano para as fontes eólicas, de forma que somente os cortes de geração superiores a esse piso seriam objeto de ressarcimento, nos termos da norma aprovada em 2021. A regulamentação para as usinas solares, aprovada no ano de 2023, seguiu a mesma linha das eólicas, com a diferença na franquia, que é de 30 horas e 30 minutos.

Isto é, o primeiro “mantra” afasta a possibilidade de revisão da Resolução argumentando que essa foi objeto de Consulta Pública (CP) e que se trata de norma recente, ignorando o fato de que a regra somente foi aprovada após determinação judicial sob pena de multa e elaborada com base em análise de outra realidade de operação no SIN, com também uma outra penetração de geradores eólicos e solares na matriz elétrica brasileira.

O segundo “mantra regulatório” é simplesmente alegar que o “risco é do empreendedor”. Todos os geradores compreendem que o acesso ao sistema de transmissão não é ilimitado ou incondicionado, aliás, justamente por isso que são requeridos os Pareceres de Acesso junto ao ONS. Tampouco esses agentes desconhecem que a disponibilidade dos ativos de transmissão é um risco inerente ao negócio e que deve ser precificado no seu plano de negócios.

Contudo, a matriz de risco que o agente deve assumir não pode (nem deve) ser ilimitada e isso deve ser considerado pelo Regulador para proporcionar um adequado ambiente de negócios para o setor. Grosso modo, a estrutura regulatória deve ser suficiente para os agentes atuarem no mercado com previsibilidade, assumindo os riscos típicos de suas atividades, e não serem surpreendidos com um risco não gerenciável.

No caso, observa-se que após os eventos ocorridos em 15 de agosto de 2023 na região Nordeste, os cortes de geração (curtailment) aumentaram expressivamente. E diante do quadro regulatório posto (REN 1.030), há casos em que o número de cortes de geração sem ressarcimento aumentou sete (7) vezes e situações em que geradores têm mais de 60% de sua geração cortada sem qualquer ressarcimento. Isso ocorre porque a classificação dos cortes, na média, em 85% das vezes é categorizada como “confiabilidade elétrica” ou “razão energética”, em que (nos termos da REN 1.030) não é devido qualquer ressarcimento ao gerador. E quando o evento é classificado como “indisponibilidade externa”, nos outros 15% das vezes, em virtude das franquias mínimas (piso), o ressarcimento só acontece em 2% dos casos.

Assim, não obstante o fato de que o empreendedor deve assumir riscos de natureza típica do negócio, não há como aplicar esse entendimento indistintamente para todo e qualquer risco existente, especialmente se a matriz de risco foi substancialmente alterada e a regra regulatória é mantida.

O terceiro “mantra regulatório” é que o “consumidor não deve pagar por energia que não precisa”. Em uma análise apressada e superficial do problema, não há como discordar dessa afirmação, pois o princípio fundamental da economia é “oferta x demanda”, de modo que se não há demanda, o consumidor não deve pagar por um item (energia) que não precisa.

Esse mantra se refere basicamente aos cortes por razão energética, em que há mais geração do que consumo. Ocorre que é importante aprofundar e especializar o debate. Por exemplo, nos casos em que o corte atinge um Contrato de Energia de Reserva (CER).

O CER conceitualmente tem como função aumentar a segurança do fornecimento de energia do SIN, na medida em que acrescenta garantia física ao SIN, mas não constitui lastro para revenda de energia. À parte qualquer consideração sobre se deveriam ser feitos contratos dessa natureza com fontes intermitentes, a realidade é que tais contratos existem e que eles possuem a finalidade específica de garantir o atendimento estrutural à carga.

Se esse é o propósito do CER e, em determinado momento, a carga não apenas está plenamente atendida, mas há também um excedente de geração, como a eventual redução da geração por razão energética pode não ser passível de ressarcimento em um contrato regulado concebido justamente para garantir a segurança do fornecimento?

Assim, ainda que se concorde com a impossibilidade de o consumidor pagar por uma energia que não precisa, a análise não pode ser superficial e deve-se analisar as características de cada contrato regulado.

Posto isso, o tema constrained-off é inegavelmente um problema regulatório que deve ser tratado no âmbito da regulação, ainda que outras iniciativas da governança setorial também devam ocorrer, tal como o reforço de rede (com vistas a minimizar o curtailment). No entanto, a temática específica do ressarcimento previsto na REN 1.030 demanda ação exclusiva da ANEEL, no sentido de rever a norma e aprimorar a metodologia de ressarcimento.

Acredito que a eventual revisão da norma poderia manter as três classificações de constrained-off, tal como conhecemos, alterando, contudo, a repercussão econômica quanto ao ressarcimento. Além disso, qualquer alteração da Resolução deveria levar em conta que estamos frente a uma oportunidade de dar incentivo regulatório aos geradores solares e eólicos a instalarem sistemas de armazenamento (Battery Energy Storage System – BESS) para fazerem jus a um novo tratamento regulatório relativo a constrained-off.

Dessa forma, acredito que a revisão da REN 1.030 seria a oportunidade não apenas de alterar a estrutura regulatória de constrained-off, mas também de servir de incentivo para inserção de armazenamento de energia na geração renovável.

Assim, entendendo que “Indisponibilidade Externa” é decorrente de um fato externo ao gerador, alheio à operação regular do sistema elétrico, penso que poderia ser mais adequado não estabelecer nenhuma franquia, possibilitando o ressarcimento de todos os cortes em virtude dessa classificação, desde o primeiro momento.

Por sua vez, para “Confiabilidade Elétrica”, que decorre de razões elétricas externas, poderíamos ter então seu risco compartilhado entre geradores e consumidores, por meio do estabelecimento de um teto de ressarcimento. Dessa forma, os primeiros cortes de geração seriam suportados (ressarcidos) pelos consumidores, ao passo que a partir de determinado patamar o gerador arcaria com esse risco, cabendo a si equilibrar tal risco frente à melhor solução de BESS que atenda a sua realidade.

Por fim, “Razão Energética” continuaria sem ensejar qualquer ressarcimento aos geradores, ressalvada a necessidade de se analisar a natureza dos contratos regulados como, por exemplo, no caso citado anteriormente para os contratos de energia de reserva.

Como contrapartida para adesão ao novo regulamento, penso que seria necessária a adoção de BESS pelos geradores eólicos e solares correspondente a um percentual da capacidade instalada de seus parques. Levando em conta dados de março de 2025, temos 17 GW de capacidade instalada de geração centralizada de fontes solares e 33 GW de fontes eólicas, totalizando 50 GW atualmente de ambas as fontes. Assim, caso a referida contrapartida seja de 5% da potência instalada, por exemplo, teríamos a instalação do equivalente a 2,5 GW de sistemas de armazenamento com vistas a que todos esses parques fizessem jus à nova dinâmica de ressarcimento.

Além de servir de mecanismo de proteção aos geradores – permitindo o armazenamento de energia durante momentos de curtailment para posterior injeção na rede –, a adoção de BESS também beneficia os consumidores, pois contribui para a resiliência da rede, reduz oscilações de tensão e frequência, e pode até mesmo minimizar custos, como os Encargos de Serviços do Sistema (ESS), ao evitar o despacho de usinas térmicas de alto custo variável.

Desta forma, penso que eventual reexame da REN 1.030, não apenas tornaria a regra regulatória mais alinhada ao atual contexto e à crescente participação de fontes renováveis na matriz elétrica, como também criaria incentivos regulatórios para a rápida adoção de BESS pelos geradores de fontes renováveis intermitentes, beneficiando todo o setor elétrico brasileiro.

Sobre esse último aspecto, é importante destacar que, embora a regulação de armazenamento de energia elétrica esteja em fase avançada de debates no âmbito da CP nº 39/2023, a discussão para sua adoção especificamente para a mitigação de curtailment está prevista apenas para o terceiro ciclo regulatório planejado pela ANEEL na referida Consulta Pública. Trata-se, portanto, de uma oportunidade excepcional para antecipar um debate – e uma regulação – tão relevante para o setor.

Diante disso, combater “mantras” e pensar fora da caixa seriam as ferramentas necessárias para atualizar a regulação de constrained-off que, repito, é matéria eminentemente regulatória que depende essencialmente da ANEEL.

Notas

[1] Processos 48500.001945/2025-09 e 48500.006080/2022-16 deliberados, respectivamente, na 3ª e 5ª Reunião Pública Ordinária (RPO) da ANEEL de 2025.

Fernando Mosna é diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)

Fonte - Portal CanalEnergia

RENOVÁVEIS ATINGEM 69% DA MATRIZ ELÉTRICA NA AMÉRICA LATINA E CARIBE

Relatório da Organização Latino-Americana de Energia mostra geração de eletricidade crescendo 5,5% na região em 2024, com destaque para as fontes hidrelétrica e solar

A América Latina e Caribe atingiram um porcentual de 69% em capacidade renovável em suas matrizes elétricas. Segundo da Organização Latino-Americana de Energia (Olade), a geração de eletricidade cresceu 5,5% no ano passado na comparação com 2023 impulsionado principalmente pela expansão das usinas eólicas e solares, e por uma maior participação do gás natural na matriz elétrica regional.

A hidroenergia liderou a produção em 2024, com 45%, seguida pelo gás natural (25%); eólica (12%), solar (7%), enquanto carvão mineral, nuclear e derivados do petróleo aparecem com 2% de representatividade. Já a tecnologia geotérmica finaliza o índice com 1%.

Fonte – Portal CanalEnergia

ANEEL APONTA PEQUENA MELHORA EM DEC/FEC ANO PASSADO

Valor pago pelas distribuidoras como compensação aos consumidores chegou a R$ 1,1 bilhão, segundo balanço da agência

Os indicadores de qualidade no fornecimento de energia elétrica mantiveram, na média, a trajetória de queda em 2024, com pequena redução de 1,7% na duração (DEC) e de 5% na frequência (FEC) das interrupções na prestação do serviço. Já as compensações pagas pelas distribuidoras aos consumidores por ultrapassagem dos indicadores aumentaram de R$ 1,080 bilhão em 2023 para R$ 1,122 bilhão no ano passado.

Os dados estão no balanço divulgado pela Aneel nesta quarta-feira, 2 de abril. O levantamento mostra que os consumidores ficaram, em média, 10,24 horas sem energia, com uma média de 4,89 desligamentos no país.

O número total de compensações na conta de energia aumentou de 22,3 milhões para 27,3 milhões, em razão de mudança nas regras que permitiu direcionar maiores valores para os consumidores com piores níveis de qualidade.

O desempenho dos índices DEC e FEC é uma variável crucial na avaliação da Aneel sobre o atendimento pelas distribuidoras dos critérios de eficiência na prestação do serviço, no processo de renovação das concessões. As 19 distribuidoras com contratos a vencer entre 2025 e 2031 ratificaram o interesse na prorrogação contratual, e cabe à Aneel, a partir da análise da situação de cada uma delas, recomendar ao Ministério de Minas e Energia a assinatura do contrato.

Pelo cronograma estabelecido, a agência tem 60 dias para apresentar a manifestação, e o MME mais 30 para decidir se convoca ou não a empresa para assinatura do aditivo com as condições do novo contrato.

Fonte – Portal CanalEnergia

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FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DA VOLTS By CANALENERGIA – 153ª edição de 08/04/2025

8/4/2025

“O tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump brecou a economia mundial, o frio gelou o Brasil e a temperatura também despencou no setor de energia. Tivemos por aqui uma “semana do freio de arrumação”. Ocorrências somadas trouxeram momentos de reflexão e de rearranjos estratégicos. O jeito agora é encarar os fatos como parte do jogo e acreditar que as coisas devam melhorar daqui pra frente.”

(...), “estourou pra valer uma espécie de crise diplomática entre o Brasil e Paraguai numa hora muito errada. Sim, bem em meio aos preparativos para a renegociação do Anexo “C” do Tratado de Itaipu, vital para o setor elétrico nacional. Tudo em razão de uma acusação de suposta espionagem da parte do governo brasileiro, fazendo com que o nosso sócio suspendesse todas as tratativas.” (...).

Alexandre Canazio

Editor-chefe do Canal Energia

EXCLUSIVO

(...).“Fernando Mosna, diretor da Aneel, nos traz um artigo sobre um tema que está mobilizando interesses poderosos. Ele discute justamente a questão do constrained-off, também conhecido, em seu formato similar, como curtailment. Sem dar muito spoiler, na visão de Mosna, “pensar fora da caixa” é uma das atitudes mais do que necessárias para atualizar a regulação que, claro, faz questão de frisar, é responsabilidade da própria agência. (...)”

(...),“o colega Henrique Faerman trata a fundo de outro tema que provoca embates jurídicos: a renovação das concessões hidrelétricas. Entre outros pontos, o setor aguarda definição estrutural sobre manutenção ou não do regime de cotas e das diretrizes alinhadas com a evolução do mercado. Objetivo é justamente eliminar diferentes interpretações da lei e manter a atratividade dos investimentos. Há uma torcida para que o MME anuncie regras e diretrizes até o final de 2025. O problema, no entanto, é a falta de um debate mais robusto sobre como esse processo deve ocorrer. No centro de tudo está a Lei 12.783, de 2013.” (...).

ECONOMIA

“Parece que não, mas em paralelo aos assuntos bem enguiçados em debate recorrente no setor, mais coisas estão acontecendo. A fila anda! Começando pelo leilão de projetos de transmissão de energia. Já está na praça a respectiva Consulta Pública. Se tudo correr como planejado, o certame, com previsão de investimentos de R$ 7,6 bilhões, deve acontecer em 31 de outubro. E o pessoal está mesmo botando fé de que a conexão “vagalume” de Roraima com a Venezuela voltará a funcionar pra valer. Mais cinco comercializadoras foram autorizadas pelo MME a fazer importações do país vizinho. Esperamos que dê tudo certo. Se não der e algo ocorrer fora das quatro linhas das regras, talvez a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) precise se manifestar. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acabou de validar o poder sancionador da organização, revertendo entendimento contrário determinado em 2023. O que não dá para alterar é a parada da usina Angra 1. Ela está fora do Sistema Interligado Nacional (SIN) desde o último sábado, dia 5, para manutenção programada. A previsão é que o retorno ocorra em 85 dias! São 640 MW a menos no grid e que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisa substituir, se demanda assim exigir. Cenário que tem chance de acontecer porque a previsão é de que a carga suba 1,7% ao longo de abril.

Ajudando a demanda crescer, aliás, ainda que de pouquinho, estão os veículos elétricos (VE). Os modelos plug-in lideraram as vendas no primeiro trimestre de 2025 e, segundo pesquisa da consultoria PwC, 75% dos consumidores brasileiros desejam comprar um VE até 2029. Sorte das companhias de distribuição que andam com energia sobrando, mas continuam lucrando. A Celesc, por exemplo, teve alta de 28,5% no lucro de 2024, que bateu em R$ 715,8 milhões. Nada mal! Passando agora para os registros de “RH”, Thomaz Guadagnin é o novo presidente da Transportadora Associada de Gás (TAG). Ele está no lugar de Gustavo Labanca, que agora é o novo diretor de Negócios de Infraestrutura da Engie. E por falar em Engie, Eduardo Sattamini está com tudo e não está prosa. Além do cargo de presidente da companhia no Brasil, ele foi nomeado Country Manager, no lugar de Maurício Bähr, que vai comandar o Conselho de Administração.”

POLÍTICA

“E o Leilão de Reserva de Capacidade na Forma de Potência (LRCAP) flopou. Cumpriu, enfim, sua triste sina ao ser cancelado pelo MME. Não havia mesmo saída para tanta judicialização. Mas, veja bem, foi-se, digamos, uma “vida”. O certame vai ser reagendado. Não sem antes causar ataques de ansiedade e taquicardia no mercado. Há muitos interesses econômicos em jogo, sem se falar no risco ao sistema elétrico nacional, caso o atraso fuja do controle. Mas, vamos lá atualizar rapidinho a cronologia dos fatos. Não só para pontuar a mecânica dos acontecimentos, mas também para atualizar quem, por acaso, já perdeu o fio da meada em meio a tanta complicação em tão pouco espaço de tempo. Em 28 de março, o STJ suspendeu a utilização do Fator “A” no LRCAP a pedido da Eneva, impactando o cálculo do preço. No dia 1º de abril, a Justiça Federal concedeu liminar, suspendendo os efeitos da portaria do leilão e determinando consulta pública sobre as regras. Em 2 de abril, na sequência, a Proteste também questionou judicialmente o Fator “A”, similarmente à Eneva. No dia 3 de abril, o ministro Alexandre Silveira, sem saída, resolveu cancelar o evento, anunciando um novo certame para o final do ano. A portaria sacramentando a decisão saiu em 4 de abril. O governo pretende agora reorganizar a disputa, rediscutindo o Fator “A” em consulta pública. Apesar do cancelamento ser visto como necessário, para corrigir as regras, os agentes estão pra lá de preocupados por conta de um eventual atraso na contratação de potência. A Abrage defende a realização do leilão ainda em 2025 e o ONS reforça a importância dessa medida. Resta cruzar os dedos para que tudo se encaixe.”

CONSUMO E COMPORTAMENTO

“Você, caro consumidor distraído, pode não ter percebido a diferença. A depender, óbvio, de onde você mora. A Aneel garante, no entanto, que houve sim uma boa notícia sobre a qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras, ao longo de 2024. Segundo a agência, os respectivos indicadores mantiveram, na média, a trajetória de queda no ano passado. Foi registrada até uma pequena redução de 1,7% na duração (DEC) e de 5% na frequência (FEC) das interrupções. Já as compensações pagas pelas distribuidoras aos consumidores, em razão de ultrapassagem nos limites impostos pela regulação, aumentaram de R$ 1,080 bilhão em 2023 para R$ 1,122 bilhão no ano passado. Se você mora no Distrito Federal, tem o que comemorar. No grupo das grandes concessionárias, a Neoenergia Brasília foi a que mais avançou na melhora dos indicadores. Já quem reside em Rondônia (RO), Acre (AC) e Piauí (PI), vai ter que esperar mais um pouco para saber se está sendo bem ou mal servido. As respectivas empresas responsáveis por essas áreas de concessão – Energisa (AC e RO) e Equatorial (PI) – estão fora do ranking da Aneel porque ainda permanecem com seus limites flexibilizados. E já que estamos falando da Energisa, é bom pessoal do Mato Grosso (MT) e do Tocantins (TO), estados atendidos pela companhia, ir preparando o bolso. Desde o 1º de abril, MT já está com as tarifas 1,78% mais altas em média, enquanto para TO a revisão em análise na Aneel prevê algo na faixa de 9,4%, em média.”

OUTRAS NOTÍCIAS

“Enfim, um aceno de alguma luz no fim do túnel entre os geradores renováveis, em meio ao mar de lágrimas provocado pelos prejuízos decorrentes do curtailment e do constrained-off, a dupla mais odiada da história do setor elétrico depois do temido Generation Scaling Factor (GSF).  As linhas de transmissão da Rialma em 500 kV, Gentio do Ouro II-Bom Jesus da Lapa II C2 e Gentio do Ouro II -Bom Jesus da Lapa II C4, foram integradas ao SIN. Com isso, segundo o ONS, dependendo do cenário, o novo limite de escoamento de geração na região Oeste da Bahia pode aumentar de 500 MW a 2.500 MW. Ainda no estado baiano, o Operador trabalha com uma expectativa para a integração de mais quatro linhas. Viva! Outra informação bem bacana é que a hidrelétrica Belo Monte alcançou uma marca expressiva. Mundialmente criticada do ponto de vista ambiental, embora muito eficiente do lado de desempenho operacional, a usina evitou que 5,3 milhões de toneladas de CO2 fossem parar na atmosfera, somente nesse começo de 2025.

Estudo do Climate Policy Initiative/PUC-Rio (CPI/PUC-Rio) e do Amazônia 2030 apontou que o Brasil perde uma fortuna em geração de eletricidade devido a um problema ambiental muito sério. Foi constatado que as hidrelétricas Itaipu e Belo Monte perdem juntas, por ano, energia suficiente para abastecer 1,5 milhão de pessoas, como consequência do desmatamento, principalmente no que se refere à Amazonia. Isso gera prejuízo anual de mais de R$ 1 bilhão em receita para as usinas. A floresta Amazônica influencia os padrões de chuva através do mecanismo conhecido por rios voadores, que se movem no sentido Norte-Sul. Daí a Itaipu Binacional figurar nesse levantamento. Ainda em relação ao Norte, aconteceu de novo. Na última quarta-feira, dia 2 de abril, a cidade de Manaus e o estado do Pará sofreram um megadesligamento de 1.358 MW de carga. Algumas localidades ficaram mais de três horas sem abastecimento.”

Fonte: Canal Energia

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Credenciada na Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL para trabalhos de apoio ao órgão regulador

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