A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tascou bandeira amarela para maio, confirmando as suspeitas de que o armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas não anda mesmo lá essas coisas. Partiu também de um diretor do órgão regulador a ideia controversa de modificar a forma de cálculo dos indicadores de qualidade das distribuidoras, no âmbito do processo da renovação das concessões. A extensão do contrato da EDP Espírito Santo, a propósito, pode voltar ao debate na reunião de hoje do colegiado, cuja agenda também está repleta de discussões sobre reajustes tarifários de várias companhias.
Tivemos ainda uma reunião entre o MME e representantes de associações para conversar sobre a proposta da reforma do setor elétrico. O governo quer apoio, mas o mercado e os consumidores querem saber mais. Até porque o conteúdo divulgado até agora já está defasado segundo revelou o ministério. Uma coisa é certa, ninguém quer sequer ouvir falar em medida provisória como forma de envio ao Congresso Nacional.
E o tempo fechou na Eletrobras. A disputa entre acionistas pelas cadeiras no Conselho de Administração deflagrou uma batalha feroz nos bastidores. Tem assembleia programada para hoje e, em jogo, também há aprovação da reserva de três assentos que vão ampliar a participação da União no colegiado.
Para quem ainda ruminava uma série de dúvidas sobre curtailment, mas não tinha coragem de perguntar, o CanalEnergia deu um show de reportagens esclarecedoras. Além do rico resultado do Meet Up, realizado na quarta-feira passada, dia 23, nossos repórteres foram atrás de mais especialistas e autoridades para apurar ao máximo esse tema. (...).”
Alexandre Canazio
editor-chefe do Canal Energia
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MeetUp REALIZADO NO DIA 23 ÚLTIMO
(...) “os assinantes do CanalEnergia tiveram acesso nos últimos dias a muitas informações super qualificadas sobre o desenrolar dos fatos em torno da séria questão do curtailment.
O assunto foi debatido com bastante profundidade no MeetUp realizado no dia 23 último. Mas também foi alvo de análises e comentários marcantes em entrevistas exclusivas concedidas ao subeditor Maurício Godoi. Numa delas, a diretora da Aneel Agnes da Costa teve a oportunidade de defender o importante papel da agência reguladora em meio às discussões. Fez, inclusive, um aceno otimista ao mercado. Segundo ela, as futuras regras “serão as melhores possíveis”. Como relatora da consulta pública que trata do curtailment estimou também que as análises em plenário devem ocorrer antes da chamada safra dos ventos. Em outra conversa, desta vez com a cúpula da direção do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), participaram o próprio presidente da organização, Marcio Rea, além do diretor de Planejamento, Alexandre Zucarato e o diretor de Operação, Christiano Vieira da Silva.
Uma trinca técnica de alta confiabilidade, que proporcionou um papo bastante esclarecedor sobre o tema, marcada por uma frase firme e contundente: “não cortamos porque queremos, mas o necessário para o sistema”. Também é de autoria de Godoi, em parceria com a colega Vanessa Andrade, a reportagem especial da semana. Esse trabalho fechou, com chave de ouro, a nossa jornada investigativa centrada num assunto que ainda vai gerar muitas notícias de impacto nos próximos meses".
CURTAILMENT
“os assinantes do CanalEnergia tiveram acesso nos últimos dias a muitas informações super qualificadas sobre o desenrolar dos fatos em torno da séria questão do curtailment.
O assunto foi debatido com bastante profundidade no MeetUp realizado no dia 23 último. Mas também foi alvo de análises e comentários marcantes em entrevistas exclusivas concedidas ao subeditor Maurício Godoi. Numa delas, a diretora da Aneel Agnes da Costa teve a oportunidade de defender o importante papel da agência reguladora em meio às discussões. Fez, inclusive, um aceno otimista ao mercado. Segundo ela, as futuras regras “serão as melhores possíveis”. Como relatora da consulta pública que trata do curtailment estimou também que as análises em plenário devem ocorrer antes da chamada safra dos ventos. Em outra conversa, desta vez com a cúpula da direção do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), participaram o próprio presidente da organização, Marcio Rea, além do diretor de Planejamento, Alexandre Zucarato e o diretor de Operação, Christiano Vieira da Silva.
Uma trinca técnica de alta confiabilidade, que proporcionou um papo bastante esclarecedor sobre o tema, marcada por uma frase firme e contundente: “não cortamos porque queremos, mas o necessário para o sistema”. Também é de autoria de Godoi, em parceria com a colega Vanessa Andrade, a reportagem especial da semana. Esse trabalho fechou, com chave de ouro, a nossa jornada investigativa centrada num assunto que ainda vai gerar muitas notícias de impacto nos próximos meses.”
ECONOMIA
“O mercado livre de energia (ACL), um dos alvos mais visados pelos agentes no âmbito da proposta de reforma do setor elétrico, ganhou evidência ainda maior por outros motivos. Na quarta-feira, dia 23, foi dada partida oficial às atividades da plataforma N5X. O início dos trabalhos acontece concentrado em operações “em tela” de compra e venda de energia. Meta mesmo, segundo seus responsáveis, é estabelecer uma clearing house. Do lado da concorrência, o já veterano Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) não dorme de touca. Lançou mais uma funcionalidade: o BBCE RFQ. Trocando em miúdos, trata-se de um mecanismo que permite a negociação de ativos diversos, inclusive outras commodities.
O timing dessas empresas está sincronizado com a aceleração das negociações no país. Pela primeira vez, o consumo nacional no ACL ultrapassou os 30.000 MW médios. Chegou a 32.165 MW médios em fevereiro de 2025, crescimento de 15% no acumulado de 12 meses, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel).”
POLÍTICA
“Parecia líquido e certo, só que não. Entrou mais areia no processo inaugural da longa jornada de renovações de concessões das distribuidoras de energia. O caso da EDP Espírito Santo deve retornar hoje, pela terceira vez, ao plenário da diretoria da Aneel. Os debates esquentaram e há falta consenso entre os integrantes do colegiado. O diretor Fernando Mosna, de olho na satisfação dos consumidores - meio esquecida nos últimos tempos - insiste que é preciso ajustar o cálculo dos indicadores de qualidade, os notórios DEC e FEC. Na opinião dele, há itens que não podem mais ser expurgados. Entre eles estão, por exemplo, problemas originados no sistema de transmissão ou mesmo os longos apagões decorrentes dos impactos destruidores de eventos extremos. Se aprovado, um critério como esse pode se tornar quase que fatal para empresas como Enel Rio de Janeiro, Enel São Paulo e RGE. Lembrando que esta última concessionária enfrentou sérios problemas durante as trágicas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, em 2024. Mosna sugeriu ainda a obrigatoriedade de realização de audiência pública para todos os processos de renovação. O fato é que esse contexto pegou muito mal na avaliação do comando da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). O presidente da entidade, Marcos Madureira, destaca, simplesmente, que os aspectos levantados por Fernando Mosna não estão previstos no decreto presidencial que estabeleceu as regras de renovação. Não faz sentido, observou, ficar olhando o desempenho das empresas pelo retrovisor. Seja como for, a reunião desta terça-feira da diretoria da Aneel tende a ter caráter decisivo.
CONSUMO E COMPORTAMENTO
“Voltando agora a utilizar o nosso critério popular e nada científico do “uma no cravo e outra na ferradura”, vamos tentar equilibrar a balança mais uma vez. De positivo, temos a informar que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve alta de 0,43% em abril, mas com 0,21 ponto percentual abaixo da taxa de março, de 0,64%. A tarifa de energia elétrica, item de peso importante no componente Habitação, colaborou para esse recuo. Apresentou variação negativa de 0,09%. Já do lado negativo, a má notícia é que todos nós vamos pagar mais caro a eletricidade a ser consumida em maio. A Aneel decretou bandeira tarifaria amarela para o próximo mês. Quem nos acompanha deve lembrar que aqui na Volts a gente vinha alertando para as análises pessimistas de especialistas quanto ao comportamento abaixo do esperado das chuvas do período úmido. Não deu outra. Houve a constatação de que as vazões estão realmente abaixo da média nas regiões dos principais reservatórios. Portanto, pessoal, nada de banhos demorados, luzes acesas sem necessidade e de ficar ligando a máquina de lavar roupas para dar conta somente de uma ou duas peças de roupa. É hora de economizar!”
ECOBANK
“O assunto é a saúde das empresas. Como se sabe, a 2W Ecobank ainda atravessa um momento complicado em sua trajetória. Pelo menos, o juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo, aceitou o pedido de recuperação judicial proposto pela companhia e de sua subsidiária, a 2W Comercializadora Varejista. A decisão suspende por 120 dias todos os processos de execução por parte dos credores. Força aí, pessoal! Outra boa nova é que a Auren conseguiu reduzir sua dívida em R$ 1,2 bilhão, com amortização de debêntures. Para isso, foram desembolsados R$ 3,2 bilhões, referentes à quarta emissão, que soma R$ 5,4 bilhões. Ou seja, 59% já foram liquidados. A companhia aproveitou para avisar ao mercado de que a estrutura da emissão permite amortizações sem custos adicionais. Nada como um planejamento bem-feito de caixa!”
ANEEL REJEITOU PEDIDO DA ABEÓLICA
“A diretoria da Aneel rejeitou pedido da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias) e da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) para que fossem suspensos os processos punitivos instaurados contra geradores, em decorrência do blecaute de 15 de agosto de 2023 no Sistema Interligado Nacional (SIN). Como esquecer toda aquela confusão! O incidente, enfim, resultou na aplicação de multas no valor total de R$ 245,3 milhões a 53 empreendedores responsáveis por 747 usinas de ambas as fontes.”
Fonte: Canal Energia