- Abertura para baixa tensão de acontecer em 2027 e 2028
“A proposta de reforma do setor elétrico apresentada pelo Ministério de Minas e Energia prevê a abertura do mercado para os consumidores comerciais e industriais de baixa tensão a partir de 1º de março de 2027 e para os demais consumidores um ano depois. O texto prevê ainda que o Poder Concedente deverá regulamentar, até 1º de julho de 2026, as regras para a atuação do Supridor de Última Instância e estabelece tratamento para os efeitos financeiros da sobrecontratação ou exposição involuntária das distribuidoras.”
- Setor elétrico vê avanços com desenho da reforma, mas indústria teme altos custos
“A proposta de reforma do setor elétrico foi bem recebida por diferentes agentes e especialistas da área, que disseram ver como positivos os avanços principalmente para a liberalização de mercado a todos os consumidores e redução de custos da energia para famílias de baixa renda. Mas a indústria teme potencial aumento de custos e prejuízo à sua competitividade, e também levantou preocupação com a tramitação no Congresso, pelo risco de inserção de emendas "jabutis”.
- Proposta de reforma do marco legal prevê novo tipo de desconto na conta de luz
“O projeto de reforma do setor elétrico prevê a ampliação do programa Tarifa Social e a criação de um novo tipo de desconto na conta de luz para uma parcela da classe média. As medidas, se entrassem em vigor hoje, teriam impacto de 1,4% nas tarifas para os demais clientes. O ministério estima que 17 milhões de famílias seriam beneficiadas, sendo que 4,5 milhões delas teriam a conta de luz “zerada”.”
- ONS: Previsões indicam estabilidade nos percentuais de afluência em abril
“As projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) desta semana para o final do mês mostram relativa estabilidade em relação à última revisão. No caso da Energia Natural Afluente (ENA), espera-se 82% da Média de Longo Termo (MLT) no Norte, 78% no Sudeste/Centro-Oeste, e 66% no Sul. A demanda de carga mantém a perspectiva de redução no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em dois subsistemas. Quanto às estimativas de Energia Armazenada (EAR), a previsão é que três subsistemas encerrem o período com armazenamento superior a 65%.”
- Setor solar registra alta de 25% em M&A com foco em autoprodução e queda na GD
“O mercado de fusões e aquisições no setor de energia solar fotovoltaica registrou um avanço de 25% no primeiro trimestre de 2025, com 15 novas transações. A geração centralizada (GC) foi protagonista em sete das oito transações envolvendo usinas solares, sendo que cinco delas foram firmadas no modelo de autoprodução por equiparação, conforme dados da Greener.”
- Governo publica decreto de incentivos à produção de veículos verdes
“O governo publicou o decreto regulamentando o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Lançada em junho de 2024, a iniciativa prevê estímulos para investimentos em novas rotas tecnológicas e aumenta as exigências de descarbonização da frota automotiva brasileira. Também incentiva a adesão a programas de rotulagem veicular que informem o consumidor sobre o desempenho ambiental e energético dos veículos.”
- Indústria eólica vive pior momento na história do Brasil, diz presidente da Abeólica
“A presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica), Elbia Gannoum, afirmou que o setor enfrenta um dos piores momentos da indústria brasileira. Os principais desafios são os cortes na geração de energia, as dificuldades de conexão de novos projetos e a crise na cadeia de produção. “Vivemos os piores momentos da indústria da energia brasileira. É a primeira vez que vejo uma crise de tamanha dimensão e de longa duração, já que não é uma crise que vai se resolver amanhã”, disse.”
- Leilão de sistemas isolados prevê 1,8 GW entre 241 projetos
“O leilão de sistemas isolados de 2025, que deve acontecer em setembro, terá oferta de 1,8 GW, com 241 projetos cadastrados, incluindo centrais híbridas com participação das tecnologias termelétrica, fotovoltaica e sistemas de armazenamento, conforme a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Usinas térmicas correspondem a 39% da potência total cadastrada e as híbridas (termelétricas + fotovoltaicas com ou sem armazenamento) somam 61%, sendo 55% com sistema de baterias.”
- Companhias devem assumir metas de redução de emissões
“O setor empresarial desempenha um papel crucial na equação das emissões de gases de efeito estufa e no combate ao aquecimento global. Segundo especialistas, cerca de 70% das emissões globais estão ligadas às atividades industriais e energéticas conduzidas por empresas. As ações que podem ser adotadas incluem o uso de energias renováveis, a gestão das emissões e aumento da produção sustentável.”
- CCEE propõe plataforma para comparar preços e ampliar competição no mercado livre
“A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) pretende discutir com o mercado a criação de um site de comparação de preço para reduzir a assimetria de informação e melhorar a competição dentro do mercado livre de energia. A solução deve ser debatida após o fechamento da consulta pública que trata da instituição do open energy e das regras para coibir abuso de poder de mercado pelas distribuidoras. O objetivo do site seria levar ao consumidor a “melhor proposta com base em filtros” selecionados por ele.”
- Silveira: Portaria do primeiro leilão de baterias sairá em maio
“A portaria do leilão de reserva de capacidade para projetos de armazenamento de energia será publicada até o final de maio, segundo o ministro Alexandre Silveira. O primeiro certame para contratar baterias no país deve ocorrer ainda neste ano. A expectativa é que as baterias atuem em conjunto com as fontes renováveis, sobretudo eólica e solar, que dependem das condições climáticas para gerar energia.”
- Aneel: Tarifas de energia vão subir 3,5%, acima da média de 2024
“As contas de luz devem subir 3,5% em média neste ano, conforme projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em 2024, o reajuste médio foi de 0,5%. A devolução do passivo de PIS/Cofins deve evitar aumentos maiores. Por outro lado, a parcela B das tarifas, relativa aos custos de distribuição de energia, deve subir 2% neste ano, e os custos da compra de energia podem aumentar em 1,3%, por conta da alta do dólar, que impacta as tarifas de Itaipu.”
Fonte: ELECTRA CLIPPING Ed. 08/25 de 22/04/2025