Sustentabilidade
já se tornou foco de preocupação para muitos líderes e investidores, porém
ainda não existe um padrão universal que permita às empresas medirem e
relatarem o seu desempenho no tema. Porém, um movimento na comunidade contábil
está tomando corpo e mudanças já são previstas por estudiosos e profissionais
da área.
A Fundação IFRS,
órgão supervisor do trabalho do International Accounting Standards Board
(IASB), está neste movimento e em setembro desse ano propos a criação de um
Conselho de Normas de Sustentabilidade (SSB), que possibilitaria a realização
de um padrão ideal de relatórios. E no dia 01 de Novembro na COP26 divulgou a
criação do ISSB – International Sustainability Standard Board, consolidando ao
IFRS o VRF- Value Reporting Foundation (SASB e IRRC) e o CSSB.
Segundo o IFRS, o International
Sustainability Standards Boards (ISSB) será responsável por desenvolver uma
linha global abrangente de padrões de divulgação de sustentabilidade de alta
qualidade para atender às necessidades de informação dos investidores.
Devido à sua
experiência com definição de padrões, a Fundação IFRS traz credibilidade ao processo,
trazendo aos investidores e demais partes interessadas a expectativa de uma
interpretação mais clara sobre o desempenho de sustentabilidade das empresas.
Apesar da maioria das empresas já emitirem relatórios de sustentabilidade,
ainda não existe uma visão clara sobre a relação entre eles e
os relatórios financeiros das empresas.
Robert G. Eccles, uma
autoridade líder em ESG e também especialista acadêmico em relatórios
integrados, afirmou em uma entrevista ao GreenBiz que as decisões de alocação
de recursos por parte das empresas e investidores precisam mudar e os padrões
desenvolvidos pelo ISSB fornecerão a ambos as informações de que precisam. Na
mesma entrevista disse também que as estruturas e padrões desenvolvidos por
ambas as organizações estão focados na criação de valor empresarial e que tanto
o IFRS Foundation quando o IASB são organizações que trazem fortes redes de
apoio de empresas e investidores, o que será crucial para estabelecer a
credibilidade no uso dos padrões do ISSB.
Renati Suzuki,
mestre em sustentabilidade e sócia da TATICCA, acredita que “o papel do
contador será primordial na mensuração, controle, e divulgação das métricas de
ESG, assim como já tem para as informações financeiras”.
A proposta da
Fundação IFRS é apoiada por algumas das principais comunidades corporativas e
de investimento, e apesar de ainda apresentar muitos desafios à sua criação,
principalmente no que se refere ao que é ou não relevante em sustentabilidade para
os investidores de cada setor, pode trazer um grande impacto nos relatórios,
uma vez que as questões de sustentabilidade poderão influenciar em decisões estratégicas
e de alocação de capital. Por outro lado, deixarão de serem vistas pelos
conselhos de administração como temas paralelos e em consequência, empresas com
gestão de sustentabilidade mais eficazes se tornarão mais atrativas aos
investidores, já que desempenho da sustentabilidade também será um indicador de
desempenho financeiro.
“Ainda que, no
mundo todo - afirma também Renati, - um desafio tenha sido definir as métricas
ESG a serem divulgadas, pois não há um único padrão para isso, a auditoria pôde
contruibuir para, independente da métrica escolhida, dar credibilidade ao que
foi relatado”.
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Fontes:
https://www.greenbiz.com/article/bob-eccles-and-jean-rogers-issb-and-future-esg-reporting